quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Porto Velho: Filme Caçambada Cutuba estreia nesta sexta-feira, 13

Estreia nesta sexta-feira, 13 de setembro, em Porto Velho/RO o filme documentário Caçambada Cutuba. Com entrada gratuita, a exibição acontece ás 19h30, no Teatro Guaporé.

Caçambada Cutuba expõe o ápice da rivalidade política entre cutubas e peles-curtas, quando em setembro de 1962, após encerramento de um comício, um caminhão basculante da prefeitura passou por cima de centenas de apoiadores do médico Renato Clímaco Borralho de Medeiros, candidato a deputado federal pela Frente Popular.

Idealizador e um dos produtores do filme, o jornalista Zola Xavier Silveira pesquisou durante anos sobre o evento que considera um atentado político. Natural de Fortaleza do Abunã, ele mora no Rio de Janeiro, na cidade de Maricá, onde já foi secretário de Comunicação e também de Cultura do município. 

O documentário também retrata o golpe de 64 e a passagem de Che Guevara por Porto Velho. 

Serviço:
Evento: Estreia do Filme Caçambada Cutuba 
Data: 13 de setembro
Horário: 19h30 

Local: Teatro Guaporé - Rua Tabajara, 148, Olaria - Porto Velho/RO

Informações: Assessoria

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Festival de cultura pop ‘Sesc HQ’ acontece dias 29 e 30 de junho

 Nos dias 29 e 30 (Sexta e Sábado) de junho acontece o SESC HQ. O projeto SESC HQ volta a atenção para a forma mais popular e contemporânea de leitura que são as histórias em quadrinhos que influenciam significativamente a realidade dos jovens e o acesso às produções de cinema, música, dentre outras artes.

O evento ocorrerá na unidade Sesc Esplanada das 14h às 21h com entrada franca e livre para todos os públicos. Foram programadas uma série de atividades com a participação de parceiros que já atuam no universo pop como o grupo Nerd Brazil, Loja Sharingan, o artista Duarte com pinturas artísticas, a banda de rock Apocalypse Now, cosplayers, grupos de K-POP e muitos outros.

Os técnicos da coordenação de cultura na linguagem literatura do Sesc aguardam a presença de um público expressivo de crianças, adolescentes e jovens, e por que não dizer adultos que cultivam o interesse pelas histórias em quadrinhos, filmes, games e outras formas de entretenimento que caracterizam a cultura pop.

Confira abaixo a programação:

29/06 – SEXTA
14h às 21h – ATIVIDADES SIMULTÂNEAS
• EXPOSIÇÃO DE MANGÁS • LOJA DE SUVERNIRS SHARINGAN • GRUPO NERD BRAZIL • EXPOSIÇÃO YU-GI-OH
14h30
• BATE PAPO ‘DOS QUADRINHOS PARA O CINEMA’ COM A QUADRINHISTA MILENA AZEVEDO/RN
15h
• CINE SESC • MAQUIAGEM ARTÍSTICA DU’ARTES LIMA • SALA DE DESENHO
18h
• APRESENTAÇÃO DE KARATÊ E JUDÔ
19h
• SHOW DE ROCK COM A BANDA APOCALYPSE NOW

30/06 – SÁBADO
14h às 21h – ATIVIDADES SIMULTÂNEAS
• EXPOSIÇÃO DE MANGÁS
• LOJA DE SUVENIRS SHARINGAN
• GRUPO NERD BRAZIL
• EXPOSIÇÃO YU-GI-OH
• MOSTRA K-POP
• ANIMEKÊ
• COSPLAY
• APRESENTAÇÕES DE K-POP



Segundo o presidente do sistema Fecomércio – Sesc – Senac – IFPE, sr. Raniery Araujo Coelho, ‘tradicionalmente o Sesc desenvolve atividades sociais para os públicos infantil e da terceira idade, entretanto a partir de 2018 o foco dos projetos será o público jovem, de forma que este evento funcionará como piloto de projetos que serão desenvolvidos em 2019 e 2020 pelo Sesc’.

Fonte: Assessoria Sesc/Rondônia

terça-feira, 26 de junho de 2018

Rondônia: ProUni oferece 1.528 bolsas integrais e parciais

As inscrições deverão ser realizadas pela página do ProUni na internet
Estudantes interessados em participar do segundo processo seletivo de 2018 do Programa Universidade para Todos (ProUni) já podem fazer a sua inscrição. Em todo o país, serão ofertadas 174.289 vagas, sendo 68.884 integrais e 105.405 parciais, em 1.460 instituições de ensino superior. Em Rondônia, serão ofertadas 1.528 vagas, sendo 746 integrais e 782 parciais. As inscrições deverão ser realizadas apenas pela página do ProUni na internet, até as 23 horas e 59 minutos do dia 29.

Para se candidatar, é necessário ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017, ter alcançado no mínimo 450 pontos de média e ter tido nota superior a zero na redação. Importante lembrar que as notas de outras edições do Enem não valem para pleitear uma bolsa.

Além disso, só podem participar estudantes brasileiros que não possuem curso superior e que tenham cursado o ensino médio completo na rede pública ou como bolsista integral na rede privada. Alunos que fizeram parte do ensino médio na rede pública e a outra parte na rede privada na condição de bolsista, ou que sejam deficientes físicos, ou professores da rede pública também podem solicitar bolsas.

Para ter direito a uma bolsa integral o candidato deve ter uma renda familiar per capita de até um salário mínimo e meio. As bolsas parciais de 50% são destinadas aos alunos que têm uma renda familiar per capita de até três salários mínimos. Quem conseguir uma bolsa parcial, e não tiver condições financeiras de arcar com a outra metade do valor da mensalidade, pode utilizar o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados com a lista dos candidatos pré-selecionados estarão disponíveis na página do ProUni na internet, a partir do dia 2 de julho para a primeira chamada e 16 de julho para a segunda.

ProUni  
O ProUni é um programa do Ministério da Educação que concede bolsas integrais e parciais de 50% em cursos de graduação e sequenciais de formação específica em instituições de educação superior privadas. As instituições que participam do programa têm isenção de alguns tributos.

Na primeira edição do ProUni deste ano, foram ofertadas aproximadamente 243 mil bolsas, sendo 113.863 integrais e 129.124, parciais. Desde que foi criado, em 2004, o ProUni já atendeu 2,5 milhões de estudantes, sendo que 70 % com bolsas integrais.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Educação

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Visite o 'varal histórico' de Porto Velho


Mercado Central fundado na década de 60, Prédio do Relógio construído na década de 50, Estrada de Ferro Madeira Mamoré construída na década de 10 e no meio de tanta história um varal de roupas e uma "casinha improvisada", esse é o cenário de quem visita os pontos históricos no centro de Porto Velho.

Na sexta-feira, 8, os comerciantes, visitantes e frequentadores assíduos do Mercado Central se deparavam com esta cena. Com restos de madeira e papelão, moradores de rua "construíram" uma casa na calçada do Prédio do Relógio, que fica ao lado do Mercado. Não satisfeitos em ocupar toda a calçada com sua "casa", os moradores fizeram da cerca do Prédio um varal para secar suas roupas.

Essa é a realidade do centro histórico da capital. O que deveria ser um passeio agradável, repleto de informações se transforma em um passei de medo, mau cheiros e visões nada agradáveis. Porque não é somente esse fato dos moradores de rua e seu varal de roupas. Ao lado do mercado existe uma verdadeira "multidão" de usuários de drogas, que intimidam qualquer visitante. Tirar uma foto nem pensar, é comum o relato de roubos de celular e máquinas fotográficas. O assédio para "cuidar" dos carros em troca de moedas é outro problema. E como eles "moram" ali, nas calçadas, os arredores do Mercado Central fica um mau cheiro insuportável, impossibilitando o passeio pelo local. Alguns deles chegam a entrar no Mercado, incomodando os comerciantes e seus clientes, visitantes...

E claro, não se ouve falar em projetos ou ações concretas para minimizar esse problema e revitalizar o centro histórico de Porto Velho. Isso para não entrar na questão das praças, que se tornaram um verdadeiro "camelódromo", impossibilitando qualquer espaço de lazer.  "Vamos reformar a Estrada de Ferro".."Vamos revitalizar o Prédio do Relógio"..."o Mercado Central tem que ser melhor aproveitado"...uma conversa que todos nós conhecemos, muito se promete e nada se conclui, nada é feito. E todas essas promessas se transformam em estória.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

A vergonha da falta de incentivo aos nossos atletas

Há algum tempo, dirigindo pelas ruas de Porto Velho, me deparei com atletas do TaekWondo nos cruzamentos de avenidas, pedindo apoio para participar do 33º Campeonato Brasileiro. Outro dia, as atletas de Ginástica Rítmica pediam apoio através da campanha “Adote uma Ginasta”. Esses são alguns dos diversos casos de pedido de apoio que os atletas do estado de Rondônia são obrigados a fazer para seguir essa carreira, esse sonho.

A grande maioria da população gosta de sentar em frente a televisão e assistir as Copas do Brasil, os Jogos Olímpicos, mas não pensam em incentivar um atleta. Entra governo, sai governo e a falta de incentivo continua. As empresas chegam em nosso estado, crescem, lucram e também não apoiam nossos atletas; as empresas sim, porque afinal também tem o incentivo privado. Já que lucram, e muito, em nosso estado, porque não dar um apoio ao esporte.

O esporte que tira os jovens da marginalidade, das drogas, que livra da violência e salva vidas. O esporte que coloca o nome do nosso estado para o país de forma positiva e não da forma que vem sendo exposto nos últimos dias, com corrupção, políticos presos, operações das Polícias Federal e Civil, Ministério Público.....

Será que um dia esse cenário vai mudar?! Será que um dia nossos atletas terão apoio?! Eu sei, são tantos os problemas que nós enfrentamos, saúde, educação, infraestrutura, etc, etc, etc.... Mas temos que começar por algum lugar. Temos que começar o debate e encontrar soluções para esses  problemas. As eleições estão chegando, e você, como está sua análise crítica?!


Obs1: Sabe as atletas de Ginásticas Rítmica?! Elas conquistaram 21 medalhas no Torneio Regional de Ginástica Rítmica da Região Norte, realizado em Belém/PA e garantiram vaga na fase nacional da competição que será disputada em Porto Alegre (RS). 





Obs2: "Fiquei sabendo" que o empresário Antonio Bisconsin da Concreaço da Amazônia patrocina a judoca Amanda de Oliveira Arraes. Neste final de semana, 17 e 18 de junho, ela estará em Lauro de Freiras/BA, representando Cacoal e RO na Taça Brasil de Judô sub 21. Evento que inicia a qualificação dos melhores atletas para o novo ciclo olímpico de judô da Confederação Brasileira.





e-mail: quetilaruiz@gmail.com



segunda-feira, 28 de março de 2016

Falta de iluminação: um problema sem fim

Andar pelas ruas de Porto Velho no período noturno é complicado, a falta de iluminação coloca a população em risco. Há duas semanas, um salão de beleza na avenida Calama, bairro Olaria foi alvo de bandidos que levaram todo os equipamentos de trabalho das proprietárias. O salão fica em um local bem movimentado, mas com precariedade de iluminação pública. Somente com iluminação dos estabelecimentos do local.

No final da tarde, muitas pessoas vão até o 'Espaço Alternativo', na avenida Jorge Teixeira para caminhar. Em alguns pontos até que podemos constar uma boa iluminação, mas infelizmente, onde está a parte maior da construção abandonada a iluminação é zero. Acho que o Poder Público não coloca iluminação para tentar esconder o abandono da obra, o que deixa o local livre para ação de marginais que se escondem facilmente no local.

O mesmo acontece na avenida dos Imigrantes, a iluminação pública é precária. Estudantes do Instituto Federal de Rondônia (Ifro) ou da Faculdade de Ciências Administrativas e de Tecnologia (Fatec) que precisam passar pelo local no período noturno sofrem com a falta de iluminação e correm perigo. Muitos alunos já relataram casos de assaltos.

Essas situações acontecem em pontos centrais da capital, agora imaginem como não está nos bairros periféricos de Porto Velho. O que os estudantes passam ao sair das escolas à noite?! O que os pais e mães de família sofrem após o trabalho para chegar em suas residências?! Todos os anos de eleição são as mesmas promessas e nada é feito. Alguma coisa tem que mudar!

quarta-feira, 23 de março de 2016

UMA DEMOCRACIA HONESTA SOBREVIVE SEM JUSTA REFLEXÃO? - Por Dom Moacyr

Há um provérbio português interessante, cuja origem se perde nos tempos remotos da tradição lusa. Ele é capaz de retratar, com certa fidelidade, nosso conturbado momento presente: “Em tempo de guerra, mentira como terra”.

Ao não aceitar o resultado final do processo eleitoral do ano de 2014, grupos políticos distintos deixaram de exercer um papel extremamente útil à sociedade, qual seja, o de construir uma oposição política capaz de propor e de fiscalizar o governo eleito, para se entregar a um espírito pequeno e destruidor da saudável organização social de nossa tenra democracia ainda em construção.

Todos somos simples mortais, passíveis de erros, equívocos e de pecados, muitos deles impublicáveis. Isso vale para o campo pessoal, espiritual e social. No frigir dos acontecimentos, a mola propulsora de um maior ou menor avanço de uma nação se pauta na sua capacidade em fortalecer estruturas e marcos jurídicos (pactuados de forma cristã e nos espaços adequados), com vistas à defesa dos reais interesses da sociedade como um todo.

Tendo isso como uma das premissas básicas para tais reflexões, não deixa de ser preocupante a forma como tem ocorrido o processo de informação no país, produzida de modo parcial e centralizada, de classificação. Como ela (a informação) vem sendo utilizada com o objetivo de consolidar interesses políticos e econômicos de castas historicamente abastadas pela riqueza da nação ou a serviço dela. Em um país, de tamanho continental, nove famílias (Abravanel – SBT, Edir Macedo – Record, Cívita – Abril, Frias – Folha, Levy – Gazeta, Marinho – Globo, Mesquita – Estado de SP, Nascimento Brito – Jornal do Brasil, Saad – Band) dominam mais de 70% de todos os veículos de comunicação da sociedade brasileira. Esse é o melhor caminho para o fortalecimento da cidadania?

Os referidos dados corroboram, tristemente, algumas das conclusões do Fórum Mundial de Direitos Humanos, acontecido entre os dias 10 e 13 de dezembro de 2013, em Brasília. Naquela oportunidade, Frank La Rue, relator especial da ONU para a liberdade de expressão, destacou: “a concentração dos meios de comunicação nas mãos de poucos é um grave problema a ser enfrentado pelas sociedades modernas”. 

Assistimos hoje a um massacre dos grandes veículos de comunicação em prol da derrubada de um governo, com forte vínculo social, pelo fato de as forças conservadoras não aceitarem o distanciamento do poder imposto a eles pelo voto popular. Conforme atestam os juristas com reconhecida credibilidade, não existe fato jurídico capaz de condenar a presidenta eleita. O atual governo está eivado de erros a serem corrigidos (pecados impublicáveis). Não obstante, não é pela quebra da constitucionalidade que se constrói uma democracia mais forte. O nome disso é “golpe”.

Como é possível a sociedade aceitar que uma mulher eleita com 54,3 milhões de votos, sem qualquer denúncia formada, seja afastada do cargo sob o comando de um Presidente de Câmara de moralidade questionadíssima, mediante um colegiado de 130 membros, dos quais 34 respondem a ações criminais e administrativas de diferentes envergaduras no STF?

Os grandes veículos de comunicação não têm se pautado pela verdade e pela transparência. Trabalham em um conluio vergonhoso, com o propósito de alterar a vontade popular consagrada nas urnas em determinado momento. O que os move não é o interesse social, moral ou ético. Estão longe disso. O que os movimenta é justamente a perpetuação da recorrente omissão do Estado frente aos históricos e nefastos processos de corrupção.

As pessoas possuem o direito de serem informadas com isenção, tempestividade, responsabilidade ética e moral, mesmo que isso signifique ser politicamente contrário aos pensamentos do dono do veículo de comunicação. 

A reflexão honesta a ser feita de modo individual, objetivando escolhas a partir de seus valores pessoais deve e precisa estar pautada em informações dignas e as mais isentas possíveis. Sem isso, o processo de escolha do cidadão estará contaminado e a democracia ferida de morte.

Independentemente de quaisquer juízos de valores, nos dias de hoje, a qualidade tendenciosa das informações de nossos grandes veículos de comunicação não atende ao interesse do povo simples, honesto, trabalhador e carente de políticas públicas mais includentes. 

Dom Moacyr
Bispo Emérito de Porto Velho. Foi Bispo no Acre e Arcebispo em Porto Velho. Ex Presidente Nacional da CPT e militante dos Direitos Humanos.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Uma parcela da população esquecida em Porto Velho

Cursei os ensinos médio e fundamental na escola Barão do Solimões, centro de Porto Velho. No período da tarde, após as aulas, juntávamos uma turma de amigos e seguíamos em direção à praça Marechal Rondon. Após conversas e ‘folias’, íamos pra casa, as vezes perdíamos a hora e pegávamos a última volta da linha de ônibus. Eu, particularmente, morava na Zona Leste, e após descer na parada, ainda caminhava uns 15 minutos para chegar em casa; tudo isso à noite. O medo existia, mas não era o pavor que sentimos atualmente ao andar pelas ruas da capital com o crescimento da violência, mas por sorte nunca fui assaltada.

Mas hoje, andando pelas ruas centrais de Porto Velho, vejo que minha irmã, com a mesma idade que eu tinha tempos atrás, 16 anos, não pode viver essas mesmas ‘aventuras’, não pode andar com seus amigos e desfrutar de uma boa conversa na praça. O centro de Porto Velho virou lugar de viciados, moradores de rua, marginais, entre tantos outros ‘perigos’. E o pior, não vejo o Poder Público trabalhar para diminuir essa situação, não existem programas de apoio ou assistência. A cada dia, cresce o número de moradores de ruas e nada está sendo feito para tratar desse problema.

Nas redondezas da Rodoviária a situação é pior. Os viajantes são rotineiramente incomodados pelos viciados e 'mendigos'. Até mesmo os moradores da região passam por situações difíceis com essa parcela da população. Será que isso um dia irá mudar? Será que terá solução ou pelo menos algo que amenize essa situação? Essas pessoas precisam de ajuda, é necessário que o Poder Público tome medidas para mudar essa realidade. Uma luz no fim do túnel tem que acender.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Idosos e deficientes físicos não saem aos finais de semana?!

Quetila Ruiz, jornalista

Em uma tarde de domingo, vou até a agência do Banco do Brasil na avenida Presidente Dutra em Porto Velho. Em frente a agência existem vagas reservadas a idosos e deficientes físicos; estaciono longe, mas não me atrevo a ocupar as vagas destinadas a esse público. Logo em seguida dois motoristas, que não se adequavam às exigências para as vagas, chegam e estacionam.

Relutei, mas minha indignação foi tão grande que tive de questionar. "O senhor estacionou na vaga para deficientes" - O mesmo respondeu - "É domingo, ninguém vai ocupar a vaga. É rapidinho", e seguiu para dentro da agência. A mesma resposta foi utilizada pela senhora que ocupava a outra vaga - "É final de semana, não tem necessidade. Vai ser rápido".

Fiquei pensando com meus botões, "Será que eles pensam que idosos e deficientes não saem nos finais de semana? Será que os pais deles (acredito que idosos), ou amigos que possuam deficiência, não saem aos domingos?! Será que só eu conheço idosos e deficientes que vivem e também possuem rotinas de irem a agências bancárias aos finais de semana?!

O povo vai as ruas contra a corrupção, mas a corrupção está em simples atos do dia a dia, de uma vaga ocupada indevidamente, de uma fila que foi furada, de um acento preferencial no ônibus ocupado erroneamente, de um voto vendido em época de eleição, de uma vantagem em cima do vizinho e de tantos outros atos corruptos. Corrupção é, também, quando os pais sabem que para tirar boas notas seus filhos “colam”, e às vezes até presenteiam o “colão”. Para melhorar o Brasil, é necessário primeiro melhorar a população.

A Lei 10.098/00, estabelece direitos aos portadores de deficiências ou mobilidade reduzida. Dentre suas regras, estabelece a reserva de 2% das vagas de estacionamento em vias ou espaço públicos para pessoas portadoras de deficiências ou mobilidade reduzida.

A Lei 10.741/03, estabeleceu a garantia dos direitos aos cidadãos com idade igual ou superior a 60 anos. Assegurando a reserva de 5% de vagas de estacionamento em locais públicos ou privados.